segunda-feira, 30 de maio de 2011

Profissões - O Jornalista

Uma profissão pra quem não gosta de rotina. O jornalismo é instigante, cheio de desafios e – já é bom avisar – muita pressão. O candidato a jornalista deve ter gosto pela leitura – abundante e diversa –, e curiosidade acerca da sociedade à sua volta. Além disso, deve ter disposição para buscar por fontes adequadas para cada matéria, para escolher uma abordagem que sirva à comunidade, e empenho em ouvir os diferentes envolvidos num assunto.

O jornalista Caco Barcellos e a equipe do programa Profisão Repórter
O jornalista deve estar consciente da responsabilidade social do exercício das funções no mercado de trabalho deste milênio, onde as relações se dão num mundo sem fronteiras (globalizado), seja qual for o seu campo de atuação.
Escrever bem é outro pré-requisito, pois o jornalista tem que ser um exímio contador de histórias. A escrita depende do domínio da técnica, aprendida nos anos de estudo, da atualização constante e de uma sólida base de conhecimentos gerais.
Mas o fundamental mesmo para ser um bom jornalista é ter envolvimento com a profissão, gostar de notícia, querer saber mais e estar bem informado.


A Profissão

O jornalista é o profissional responsável por buscar, investigar e redigir as noticia para transmiti-las através dos meios de comunicação.  Trabalha também em todo o processo de produção das noticias: investigação, apuração, organização, resumo e redação. Ele pode se especializar em diferentes áreas de atuação e trabalhar como: redator, assessor de imprensa, repórter investigativo, editor, pauteiro, chefe de reportagem, redator chefe e âncora.

Área de Atuação e Mercado de Trabalho


A área de atuação do jornalismo que mais cresce com certeza é a internet. Há boas oportunidades de trabalho nas versões virtuais dos grandes jornais impressos e em blogs, sendo grande a procura também por bons repórteres investigativos.
A competição por empregos de jornalistas nas áreas tradicionais está muito grande, por isso a adaptação as novas mídias, tais como a internet é imprescindível, quem não tem capacidade de adaptação fica para trás.

Formação e Custos

No Espírito Santo, algumas universidades oferecem o curso que dura em média 4 anos, divididos em 8 semestres. As mensalidades variam entre R$ 600,00 e R$ 1300,00, dependendo da região do país e da instituição de ensino. Existem no estado algumas especializações lato sensu, entre elas Gestão em Assessoria de Comunicação, Gestão de Comunicação Integrada de Marketing, MBA em Marketing e Comunicação Empresarial, entre outros.

Remuneração

O salário de um jornalista varia muitíssimo de acordo com a cidade e o veículo ou empresa para o qual o profissional trabalha. No estado de São Paulo, por exemplo, o piso salarial (valor mínimo que um profissional deve receber, definido pelo seu sindicato) é de R$ 2.500,00. No Espírito Santo, o piso estabelecido pelo Sindijornalistas-ES é de R$ 1.345,00. Um profissional bem estabelecido pode ganhar entre R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00.
Para maiores informações para o exercício da profissão e suas característica, estágios, freelancer entre outros assuntos, você pode visitar o site do Sindijornalistas-ES.

Por José Roberto Lopes e Stharlety Guimarães.

Entrevista

A cada matéria da coluna Profissões do JC, a equipe entra em contato com um profissional da área apresentada e realiza uma entrevista sobre sua profissão. Nessa primeira reportagem conversamos com a jornalista Sabrina Canal, reporter da TV Gazeta Sul. Confira abaixo:
Sabrina Canal realizando uma entrevista.

Jornal do CIE - Como é a rotina de um jornalista? É sempre muito agitada?
Sabrina Canal - É difícil até dizer que jornalista tem rotina. Cada dia é diferente. Hoje você está em uma cidade, amanhã em outra. Mas, resumindo, no caso do repórter, que vai à rua fazer as matérias, todo dia temos matérias já pautadas para fazer. São entrevistas previamente agendadas sobre determinados assuntos debatidos na redação no dia anterior. Na pauta tem a proposta da matéria. E é o repórter que vai desenvolver essa matéria. Entrevistar, gravar, escrever o texto até ficar pronto para a edição, que vai editar até estar pronta para ir ao ar. O produto final é o que vemos no jornal. Só que essas matéria previamente agendadas podem não ser feitas se alguma coisa de extraordinário acontecer, como um acidente por exemplo. Aí não tem jeito. É o que chamamos e “factual”. Temos que parar tudo o que estamos fazendo para dar cobertura a esse fato que está acontecendo na hora.

JC - Quanto tempo de estudo é necessário para se tornar um jornalista?
Sabrina Canal - A faculdade de jornalismo tem duração de 4 anos. É lá que aprendemos a teoria. Além das matéria teóricas, temos as práticas também. É um tempo de estudo fundamental. E não pára. Depois, já inserido no mercado de trabalho, o jornalista continua aprendendo e estudando também.

JC - O que te influenciou na escolha da sua profissão?
Sabrina Canal - Sempre pensei em jornalismo como profissão. Não sei se tive alguma influência, mas sempre gostei de televisão. E depois que entrei na faculdade descobri que fazer televisão era bem diferente do que havia pensado. Sempre gostei da parte de produção, edição, e vídeo. Comecei mesmo nessa área, sem aparecer na “telinha”. E aí, depois que terminei o curso, surgiu a oportunidade aqui na TV Gazeta Sul.

JC - Um jornalista ganha bem?
Sabrina Canal - Essa teria que ser a última pergunta da entrevista... rs... brincadeira..... Costumo dizer que pelo que se investe e se dedica na profissão, a remuneração deveria ser melhor. O jornalista é como o médico: não tem fim de semana, não tem feriado, nem dia santo e nem horário de trabalho fixo. É que a notícia não tem dia e nem hora para acontecer. Por isso é uma profissão que exige muito do profissional. O jornalista tem que ser apaixonado pela profissão. Caso contrário, corre o risco de desistir no meio do caminho.

JC - O que um jornalista faz? Quais funções que o jornalista pode exercer?
Sabrina Canal - O jornalista tem várias opções. A começar pelos meios de comunicação. Pode trabalhar em rádio, televisão, jornal impresso, online, internet.... Sendo repórter, ele vai escrever a matéria. Mas pode também ser produtor, pauteiro, editor, chefe de reportagem... enfim, são muitas determinações dentro de uma redação. Ali vai desenvolver todo o trabalho de buscar pela notícia até a sua publicação. Mas há também a possibilidade dele querer fugir das redações e trabalhar com assessoria de comunicação. Aí vai poder trabalhar para empresas, desenvolvendo a comunicação interna e criando produtos como jornais, informativos, jornal mural, sites.... São muitas as possibilidades.

JC - Como você faz para definir quais as matérias mais importantes?
Sabrina Canal - Dentro de uma redação essa função cabe ao editor chefe. As sugestões de reportagens chegam até ele e dentro daquelas possibilidades ele vai definir o que tem de mais importante e o que deve realmente virar notícia. Esses critérios variam de uma emissora para outra de também de um editor para outro.

JC - O que você achou do fim da exigência do diploma de jornalismo para exercer a profissão?
Sabrina Canal - Acho que todo profissional deve ter qualificação. Se essa qualificação o jornalista vai buscar na faculdade, então o diploma deveria ser fundamental. É lá que vamos aprender como é fazer jornalismo. É claro que o ritmo mesmo só vamos conseguir com a prática, mas a teoria não pode ficar esquecida.
Sabrina após premiação.

JC - Quais o pontos positivos e negativos da sua profissão?
Sabrina Canal - Acho que o gratificante da profissão é quando você faz uma matéria, mostrando um problema, e o resultado dessa matéria é a resolução do problema. Essa é a melhor parte. Quando você vê que o seu trabalho ajudou a vida de muita gente.

Ponto negativo; eu ressaltaria aqui o fato de não ter muito tempo para si. É trabalhar sábado, domingo e feriado. Mas no fim das contas vale a pena.

JC - Quais foram as matéria mais emocionantes e as mais engraçadas que você já fez?
Sabrina Canal - Emocionante foi ir ao distrito de São Vicente, depois da tragédia natural que devastou o local, e entrevistar um senhor de 70 anos, que perdeu a casa, e estava dormindo em um paiol antigo, porque era o único lugar que ele tinha para morar. E ver que mesmo com tudo perdido ele tinha esperanças e força para trabalhar e refazer a vida. São pessoas assim que servem de exemplo.

Não sei se seria engraçada, mas acho que está mais para o divertido. Gosto de fazer matérias de esporte. Aqueles bem radicais. Tanto que quando fui cobrir pela primeira vez um campeonato de parapente, em Castelo, fiz um vôo duplo e me apaixonei pelo esporte. Depois daquele dia, entrei na escola, fiz o curso e hoje vôo de parapente. Essa também é uma parte boa da profissão!

JC - Deixe uma mensagem para os alunos do CIE que pensam em seguir a carreira jornalística.
Sabrina Canal - Se você pensa mesmo em seguir essa profissão, dedique-se. Estude, aproveite as oportunidades que aparecerem. Não pense nos ponto negativos, porque se for essa mesmo a profissão da sua vida, não vai importar salário, dia ou hora de trabalho. Você vai querer ser jornalista sempre, independente de qualquer obstáculo ou desafio.

Por Daiana Farias, Jhennifer Oliveira, Maitelli Turini e Thayrana Soares.
Fotos de Sabrina Canal cedidas de seu arquivo pessoal.

2 comentários:

nando disse...

agora eu vi em mozin!!! pow seu nome ali botando moral!!! kkk

Anônimo disse...

Achei muito interessante a reportagem. Eu gosto muito de escrever por isso pensei em fazer jornalismo. Gostaria de saber como faz para entrar para a equipe do jornal.

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